O Outubro Rosa é um momento de conscientização que coloca em pauta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas também traz a oportunidade de fazer uma reflexão mais ampla sobre o cuidado integral com a saúde da mulher.
É um convite para olharmos além de exames e consultas, enxergando cada fase da vida como uma oportunidade de preservar bem-estar, autonomia e qualidade de vida.
À medida que envelhecemos, novos desafios de saúde podem surgir, exigindo atenção redobrada e um olhar atento para aquilo que ultrapassa o óbvio. Entre eles, está a saúde cognitiva, muitas vezes impactada por fatores físicos e emocionais ao longo da trajetória de vida de uma mulher.
Neste artigo, vamos conhecer juntos as últimas descobertas da ciência sobre a possível relação entre câncer de mama e Alzheimer ou outras demências e entender a importância de manter um cuidado integral com a saúde, mesmo diante dos desafios que essas condições podem trazer.
Câncer de mama e demências: um chamado ao diálogo sobre a saúde da mulher
Para quem acompanha mães e avós em suas jornadas da terceira idade, dois assuntos costumam surgir com frequência quando a pauta é a saúde da mulher: câncer de mama e Alzheimer.
O cuidado com esses temas é justificado pelos números que envolvem as condições. Segundo estudo publicado em 2025 na Scientific Reports, aproximadamente 45% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em pacientes acima dos 65 anos.
Além disso, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de pessoas com demência no mundo atingiu os 57 milhões. Ainda conforme o órgão, a condição é mais comum em pessoas com 65 anos ou mais.
Diante desses números, fica evidente a necessidade de abrir um diálogo sobre a importância do olhar integrado para a saúde da mulher idosa.
O câncer de mama e as demências, como o Alzheimer, não podem ser tratados de forma isolada: ambos exigem acompanhamento contínuo, prevenção ativa e, sobretudo, uma rede de apoio que compreenda a complexidade do envelhecimento.
Na Senior Concierge, acreditamos que a qualidade de vida depende dessa visão ampla. Cuidar não é apenas tratar uma condição específica, mas promover bem-estar físico, cognitivo e emocional, garantindo que a mulher idosa e sua família se sintam seguras em todas as etapas da jornada de cuidado.
Convidamos Salete Melo, enfermeira e gerente de operações da Senior Concierge, para compartilhar mais detalhadamente o posicionamento da Senior sobre o assunto.
“Na Senior, enxergamos a saúde da pessoa idosa de forma integral. Isso significa olhar além do diagnóstico e entender que corpo e mente caminham juntos. Nosso trabalho não se limita ao acompanhamento diário da mulher idosa; também oferecemos informações atualizadas, claras e humanizadas para toda a família. Assim, fortalecemos esse cuidado de maneira conjunta, ajudando cada idosa a viver com dignidade e cada família a se sentir amparada em decisões importantes para o bem-estar de quem ama”.
Veja também: Setembro Amarelo: um olhar de cuidado e acolhimento para a saúde mental da pessoa idosa com Alzheimer.
Existe relação entre câncer de mama e demências?
Na Senior Concierge, o diálogo sobre a saúde da mulher idosa é embasado na ciência. Estamos atentos às últimas descobertas dos pesquisadores a respeito de tudo o que pode influenciar a qualidade de vida e o bem-estar das nossas assistidas, o que envolve os desafios comuns que surgem durante o envelhecimento.
Nos últimos anos, a ciência tem se voltado a responder se existe relação entre câncer de mama e demências. Um estudo de 2023, publicado na revista científica Cancers, analisou a literatura científica em busca de pistas sobre algum tipo de associação entre as condições.
Entre os tratamentos consolidados para o câncer de mama estão a quimioterapia, a terapia hormonal e a radioterapia. De acordo com a pesquisa, a quimioterapia também tem efeitos no sistema nervoso central, com o declínio cognitivo sendo observado nas pacientes durante ou após o tratamento.
Segundo o estudo, efeitos como dificuldades de atenção, concentração, planejamento e memória foram observadas em 17% a 75% de sobreviventes do câncer de mama em pesquisas realizadas de seis meses a 20 anos após a quimioterapia.
Ao mencionar a terapia hormonal, o estudo de 2023 mencionou que algumas das pesquisas que foram avaliadas no trabalho associaram esse tipo de tratamento a uma diminuição na incidência de Alzheimer e demência.
Entretanto, os pesquisadores também destacaram que outros estudos clínicos analisados por eles não encontraram ligações relevantes entre a terapia hormonal e o risco de demência.
Por fim, o estudo publicado na revista Cancers destacou que pesquisas anteriores apontaram que pacientes com câncer de mama podem apresentar comprometimento cognitivo mesmo meses após a radioterapia.
Outro estudo levantou a possibilidade do tratamento ter relação com um menor risco de Alzheimer
Outro estudo, dessa vez de 2025 e publicado no JAMA Network Open, assumiu a missão de responder se o tratamento do câncer de mama aumenta o risco de Alzheimer. Para isso, os pesquisadores utilizaram dados de aproximadamente 70 mil pacientes do Korean National Health Insurance Service.
As pacientes que tiveram as suas informações médicas analisadas passaram por cirurgias de câncer de mama entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. Com os dados em mãos, os pesquisadores identificaram que as sobreviventes do câncer tinham um risco mais baixo de Alzheimer, em comparação com as participantes sem câncer.
Embora os resultados sugiram que certos tratamentos contra o câncer tenham benefícios potenciais para diminuir as chances de desenvolver a doença, mais pesquisas são necessárias para avaliar os riscos em longo prazo.
A ciência cumpre um papel fundamental ao investigar possíveis conexões entre condições complexas, como câncer de mama e demências. Cada estudo publicado é uma peça que ajuda a compor um quadro maior e, como acontece em muitos temas médicos, nem sempre as peças se encaixam de imediato.
Enquanto a ciência segue seu curso, a melhor postura para quem cuida é combinar atenção à evidência com ações práticas de proteção. O fato de ainda não termos respostas conclusivas reforça que prevenção, acompanhamento contínuo e cuidado integrado são essenciais.
Para a Senior Concierge, isso significa unir duas frentes complementares. Primeiro, a vigilância clínica: incentivar e facilitar que mulheres idosas mantenham seus check-ups em dia, realizem avaliações cognitivas quando recomendadas e sigam o acompanhamento médico pós-tratamento oncológico.
Segundo, o cuidado cotidiano: oferecer estímulos cognitivos, suporte emocional e rotinas seguras que favoreçam qualidade de vida, elementos que atuam como fatores protetores no dia a dia.
Checkups e demência: a importância de um cuidado integral respeitoso
O diálogo sobre uma possível relação entre o câncer de mama e as demências é extremamente oportuno no Outubro Rosa, mês em que somos lembrados como a prevenção salva vidas.
Mesmo sem respostas definitivas sobre a ligação entre as condições, a missão de quem cuida é garantir cuidados preventivos para tornar o caminho do envelhecer mais suave, como lembra Márcia Sena, CEO da Senior Concierge.
“O Outubro Rosa é um chamado à responsabilidade coletiva: lembrar que cada mulher, em qualquer fase da vida, merece atenção, cuidado e dignidade. Na Senior Concierge, o nosso compromisso é tornar essa campanha uma prática diária, oferecendo suporte integral às mulheres idosas, incluindo aquelas que enfrentam o desafio das demências. Acreditamos que prevenção e acompanhamento caminham juntos e que, com o apoio certo, é possível viver esta fase da vida com mais segurança e qualidade”.
Quando falamos de mulheres idosas que já convivem com demência, entendemos que a realização de exames preventivos pode se tornar um desafio. Questões como esquecimento, dificuldade de compreensão ou resistência a procedimentos podem impactar o acompanhamento da saúde, exigindo ainda mais paciência, sensibilidade e apoio especializado.
É nesse cenário que a Senior Concierge atua, oferecendo não apenas o acompanhamento prático durante consultas e exames, mas também a segurança emocional que a mulher idosa e a sua família precisam.
A nossa equipe está preparada para apoiar mulheres com demência em cada etapa do processo, garantindo que o cuidado preventivo não seja negligenciado.
Veja também: Alzheimer e sua causa: um mistério em constante investigação.
Prevenir é cuidar com ciência, sensibilidade e presença
O Outubro Rosa nos lembra que cada decisão preventiva pode transformar vidas, especialmente na terceira idade.
Embora a ciência ainda esteja em busca de respostas sobre a relação entre câncer de mama e demências, já sabemos que o cuidado integral, isto é, físico, cognitivo e emocional, é indispensável para preservar a qualidade de vida das mulheres idosas. Mais do que acompanhar exames, falamos de oferecer suporte constante, promovendo dignidade e segurança em cada etapa do envelhecimento.
Se você deseja saber como podemos apoiar a sua família nessa jornada de cuidado integral, entre em contato conosco e descubra como tornar cada fase do envelhecer mais leve e segura.
