O mal Parkinson é uma doença crônica e degenerativa comum em idosos e não apresenta uma definição clara dos motivos pelo qual ocorre. Por conta disso, é comum que familiares e maduros se preocupem com a possível sucessão genética da doença e se questionem se o mal de Parkinson é hereditário ou não.
A hereditariedade do mal de Parkinson ainda não é comprovada cientificamente, mas já existem estudos que tentam compreender melhor as causas, as mutações genéticas e os casos raros de sucessão, entre gerações, da doença.
Assim, pesquisas apontam alguns indícios e possibilidades sobre a hereditariedade do Parkinson.
Para responder algumas das dúvidas a respeito do tema, nós, da Senior Concierge, preparamos este artigo abordando diversos aspectos da doença, desde a origem até os pormenores da hereditariedade. Confira!
O que é o Parkinson? Origem e sintomas
O Parkinson atinge cerca de 1% da população mundial com idade superior a 65 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é conhecido como a segunda doença neurodegenerativa mais comum, abaixo apenas para do Alzheimer.
Agora, a respeito do Parkinson, podemos dizer que ele é um distúrbio neurológico progressivo, ou seja, a doença provoca a degeneração contínua e irreversível das células do sistema nervoso central.
A degeneração acontece em uma região do cérebro chamada substância negra, ela é responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, tem o propósito de levar informações do cérebro para o restante do corpo.
Assim, fica fácil entender porque os tremores são um sintoma muito comum em pacientes que sofrem com o mal de Parkinson. Pois é justamente com a morte das células e redução da produção de dopamina que acontece o comprometimento dos movimentos motores.
Além dos tremores de repouso, há outros sintomas da doença como:
- rigidez muscular e entre as articulações;
- lentidão dos movimentos;
- perda de coordenação motora;
- comprometimento e distúrbios da fala;
- limitação com movimentos simultâneos e desequilíbrio.
Além disso, há o que os neurologistas chamam de sintomas não motores. Assim, os pacientes de Parkinson podem apresentar também: diminuição do olfato; alterações intestinais; incontinência urinária, entre outros sinais. Inclusive, pessoas com menos de 50 ou 40 anos podem desenvolver o distúrbio, mas são casos muito raros.
Logo, é compreensível que os idosos estejam mais suscetíveis à doença, uma vez que, com o envelhecimento, todos nós temos a degeneração das células nervosas. Mas só algumas pessoas apresentam uma aceleração nesse processo e, assim, desenvolvem o Parkinson. O motivo dessa aceleração ainda é um mistério para a ciência.
O que causa o Parkinson? Fatores de risco
Ainda não sabemos ao certo o que exatamente causa o mal de Parkinson. Até porque a maioria dos casos são idiopáticos, ou seja, não apresentam a possibilidade de identificação da sua causalidade.
Por outro lado, o que temos de informação para tentar explicar melhor sobre a doença são alguns fatores ambientais e biológicos que podem contribuir para o desenvolvimento do mal de Parkinson.
Exposição a substâncias tóxicas, traumatismos cranianos e também fatores genéticos são alguns aspectos que podem contribuir para o surgimento da doença.
Além disso, é provável que exista uma associação entre os aspectos mencionados. Assim, o Parkinson não é visto, pelos médicos, como uma doença exclusivamente genética, mas, sim, que pode surgir do envolvimento de vários pormenores, como os já mencionados.
O Parkinson é uma doença genética e hereditária?
O distúrbio neurológico possui alguns casos de natureza genética e a hereditariedade é considerada bem rara.
Como já relatado, na maioria dos casos da doença de Parkinson não é possível identificar a causa. Porém, há outros casos em que há essa possibilidade. Alguns estudos indicam a causa do mal por meio de mutações genéticas.
Por outro lado, não podemos confundir os termos. Uma doença genética é aquela que apresenta mutações nos genes e ela pode, ou não, ser hereditária.
A hereditariedade apenas entra em ação quando é comprovado, por meio de estudos, que ocorre a passagem dos genes de uma geração para outra.
Alguns casos de Parkinson já são considerados genéticos e em pouquíssimos foi identificado a sucessão do gene. É raro, mas não é impossível.
Os neurologistas já têm conhecimento de algumas probabilidades. Por exemplo, caso você tenha parentes de primeiro grau (pai, mãe ou irmãos), tem duas vezes mais chances de desenvolver a doença com o passar dos anos. Assim, se tiver mais de um parente de primeiro grau, o risco de ter a doença aumenta significativamente.
Entendendo todos os pormenores…
Podemos entender que o mal de Parkinson ainda é uma doença sem respostas claras e objetivas sobre suas causas e hereditariedade. Sem mencionar os sintomas que podem ser severos e podem limitar a vida de quem desenvolve esse distúrbio. Viver com qualidade de vida e bem estar pode ser uma batalha constante contra essa doença crônica.
Mas com tratamento médico especializado e cuidados especiais é possível proporcionar uma boa qualidade de vida e um envelhecimento ativo para o maduro que foi diagnosticado com o mal de Parkinson.
Os tratamentos são sintomáticos, ou seja, não buscam a cura efetiva, mas são totalmente voltados para amenizar os sinais da doença, retardando-a.
Fisioterapia, terapia ocupacional, terapia de estimulação cerebral profunda e fonoaudiologia – em casos de comprometimento da fala – são alternativas viáveis como tratamento para retardar a doença, sem mencionar o acompanhamento médico periódico, com neurologista ou geriatra, e a ingestão de medicamentos.
O cuidado especializado é, também, uma alternativa. O cuidador tem o papel fundamental para ajudar com a gestão de medicamentos, ele também auxilia no banho, com a troca de roupa, com a alimentação, entre outros.
Por fim, é importante lembrar que cuidado, resiliência e carinho são essenciais para enfrentar o Parkinson. Para conseguir um cuidado especializado para quem possui o mal de Parkinson, entre em contato conosco.