O termo “velhofobia” faz referência ao preconceito contra idosos marcado por estereótipos advindos de nossa sociedade. O comportamento engloba desrespeito, violência e intolerância em relação a esse grupo.
É verdade que o envelhecimento é um processo “contínuo” na vida de qualquer ser humano. No entanto, as mudanças físicas e cognitivas que o corpo passa ao longo dos anos é vista, por certas pessoas, como motivo de piada ou incômodo.
Você provavelmente já viu alguém se sentir irritado quando uma pessoa madura está andando à frente dela ou até mesmo já encontrou piadas na internet sobre idosos e o uso da tecnologia.
O que talvez você não saiba é que esses pré-julgamentos podem afetar a saúde mental de nossos pais e avós. Por isso, o preconceito contra idosos é um tema que merece atenção. Acompanhe o texto que a Senior Concierge preparou e entenda mais sobre a velhofobia.
Quais são as formas de manifestação de preconceito contra os idosos?
Diversas são as formas de discriminação contra os idosos. Muitas delas estão enraizadas em nossa sociedade e podem até passar despercebidas no dia a dia. Porém, isso não muda o fato de que esses fatores existem.
Comentários do tipo “Nossa, como você tem espírito de jovem” ao fazer referência aos idosos ativos e alegres ou até mesmo o sentimento de incômodo por esse grupo ter direito a vagas e filas preferenciais são exemplos disso.
Aos maduros atribui-se falsas premissas, como os idosos não podem trabalhar, são frágeis e apresentam saúde debilitada. Até mesmo questões ligadas à economia geram discrimação, tratando os idosos como ônus econômico para a sociedade.
Violência contra idosos
A violência, seja ela representada pela negligência ou abuso financeiro, bem como a psicológica e a física, atinge diariamente uma parcela dos idosos no país. Segundo o Governo, foram registradas 48,5 mil denúncias de violações contra esse grupo no ano de 2019.
Porém, estima-se que esse número seja ainda mais alarmante, já que muitos casos não são registrados.
Infelizmente, a maior parte das agressões físicas ocorrem dentro das próprias casas. Os abusos físicos englobam beliscões, empurrões, tapas, ou agressões que não evoluem com sinais físicos.
Negligência e abandono também são atos de violência, as ações são representadas pela omissão de cuidados que podem trazer consequências físicas e mentais para a pessoa madura.
Além disso, comportamentos que submetam a pessoa idosa a condições de ofensas, insultos, ameaças e restrição à liberdade de expressão são considerados violência psicológica e crime passível de pena de detenção.
Descriminação também é violência?
O preconceito contra idosos também é considerado um ato de violência. Afinal, o desrespeito com pessoas idosas pode ocasionar consequências psicológicas e emocionais, como a perda da autoestima, aumento no risco de depressão, entre outros.
O termo “velhofobia” é usado para fazer referência a ações discriminatórias que as pessoas maduras sofrem. As ofensas podem ser visíveis a partir de comentários negativos sobre o envelhecimento e piadas sobre o grupo.
Consequências para o idoso
Todos os preceitos da velhofobia que englobam julgamentos, falta de respeito e de oportunidades, impactam negativamente a saúde mental dos idosos. Com isso, é possível notar o aumento do isolamento social e mental, da depressão e da demência nesse grupo.
Segundo o Ministério da Saúde, 11,1% das pessoas maduras sofrem depressão. Um dos fatores para essa condição pode estar ligado aos impactos do preconceito na vida dos idosos.
O que podemos fazer para eliminar a velhofobia?
As mudanças de fase fazem parte da vida, negar o envelhecimento de outras pessoas, discriminando-as por isso, é negar a própria vida, uma vez que todos seguiremos nessa direção.
No Brasil, por exemplo, estima-se que, em 2025, 34 milhões de pessoas terão mais de 60 anos, alcançando o posto de país com a sexta maior população idosa do mundo.
Derrubar os preconceitos contra idosos não é uma tarefa de um único grupo. É possível frear essas ações por meio de um trabalho conjunto entre sociedade, estado e setor privado.
É muito importante que o estado trabalhe para cumprir os direitos dos idosos diariamente, ampliando os espaços de participação e combatendo a violência. Afinal, o estatuto do idoso traz medidas de proteção para os maduros.
A divulgação dos direitos dos idosos e o combate aos estereótipos se mostram como ações para frear a velhofobia.
A sociedade pode fazer parte disso dando voz, lugar e vez a esse grupo. Independente de qual fase da vida estamos, todos nós queremos nos sentir amados, escutados e desejados, e isso não seria diferente com os maduros.
Combatendo o preconceito contra idosos na prática
Algumas ações diárias podem gerar uma onda de respeito por toda sociedade. Confira abaixo algumas medidas presentes na cartilha de combate à violência contra a pessoa idosa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos:
- Naturalizar o processo de envelhecimento;
- Divulgar informações sobre a criminalização da discriminação contra a pessoa idosa;
- Não aceitar a nem compartilhar práticas de piadas ofensivas contra a pessoa idosa;
- Não infantilizar ou tratar a pessoa idosa com falas pejorativas;
- Ensinar aos mais novos sobre a cultura do respeito e valorização das pessoas idosas;
- Denunciar todo e qualquer tipo de violência contra idosos.
Que possamos nos relacionar de forma prazerosa com idosos e aprender com os maduros diariamente. Que nossos pais e avós tenham espaço para continuar fazendo mais descobertas nessa eterna aventura que é a vida, livres de qualquer tipo de preconceito.
Agora que você já sabe como combater a velhofobia, aproveite para divulgar esse conteúdo com seus amigos.
Conte com a Senior Concierge para te dar todo o suporte necessário nos cuidados com seus familiares!