Depressão em idosos é um problema gigante que atinge a sociedade e tem um impacto muito maior do que as pessoas imaginam.
Para se ter uma ideia, segundo dados da OMS, a depressão causa mais mortes do que os acidentes de trânsito e até mesmo do que o tabagismo.
Para piorar, a depressão também transforma a vida em um sofrimento. Fazendo com que a pessoa perca o interesse até mesmo em coisas básicas como a própria higiene.
Por isso, hoje eu quero colocar os holofotes sobre este assunto tão importante que precisa fazer parte das conversas entre as famílias. Acompanhe!
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Como a depressão é identificada?
A depressão se apresenta por meio de tristeza excessiva por mais de duas semanas, provocando falta de interesse em viver e realizar atividades cotidianas. No entanto, em idosos, pessoas desinformadas acabam confundindo a depressão com “manias” ou com a própria personalidade.
O idoso pode acabar não relatando tristeza e desânimo, contudo, pode apresentar queixas físicas, pessimismo, falta de energia, alterações no sono e no apetite, além de dores e incômodos intestinais.
É importante reforçar que esses sintomas também podem estar relacionados ao envelhecimento e a outros problemas de saúde, por isso deve-se estar sempre atento e realizar consultas com um especialista.
Quais são os sintomas da depressão?
Os principais sintomas da depressão, são:
- Tristeza permanente;
- Falta de ânimo;
- Incapacidade de ver o lado bom das coisas;
- Letargia;
- Falta de cuidados com a higiene;
- Sono irregular;
- Comportamentos compulsivos (vícios, alimentação desregrada, entre outros);
- Irritação;
- Estresse;
- Choros constantes;
- Dores em diversas partes do corpo;
- Pensamentos suicidas;
- Auto-depreciação constante.
Também convém explicar que a depressão pode se manifestar de maneiras completamente diferentes, como é o caso do comportamento maníaco, quando o depressivo adota uma obsessão por um determinado objeto (ou ação), como uma mania de limpeza exacerbada que atrapalha o dia a dia.
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Como os idosos desenvolvem a depressão?
A depressão atinge os idosos de duas formas:
- Aqueles que já tiveram quadro depressivo em algum momento da vida, tratado ou não e entram na idade avançada com depressão;
- Aqueles que desenvolvem a doença somente nessa fase da vida, em virtude justamente dos fatores relacionados ao envelhecimento.
No segundo caso o fator motivador é a perda do seu papel social, fazendo com que o idoso sinta-se menos integrado ao meio e também o envelhecimento do próprio corpo e aparecimento de algumas doenças.
O que é perda do papel social?
Lembrando que a “perda do papel social” também pode se dar em decorrência das transformações do meio social. Por exemplo, um idoso que fosse querido por diversos amigos e tivesse um papel social importante em seu meio se vê sozinho com a morte dos companheiros. E assim, parte importante da sua identidade se desfaz com o tempo.
Tem mais, as doenças neurodegenerativas como o Alzheimer podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de uma depressão.
No entanto, em ambos os casos, a depressão no idoso tem sintomas que são sentidos de forma diferente e precisam de mais atenção de quem está por perto para conseguir identificá-los.
Como a depressão atrapalha a vida dos idosos?
A depressão, em qualquer fase da vida, pode prejudicar muito a qualidade de vida do paciente. Em idosos, isso tende a se intensificar, uma vez que a recuperação de qualquer problema se torna ainda mais lenta.
A doença pode interferir em aspectos físicos, já que o idoso irá perder a vontade de praticar exercícios, se alimentar saudavelmente, participar de programas sociais e até mesmo tomar os remédios para as enfermidades que surgem com a idade.
A consequência mais grave da depressão é o risco de suicídio, o que aumenta ainda mais na terceira idade. Dados apontam que os idosos chegam a tentar suicídio até sete vezes mais do que o adulto jovem – dependendo do extrato social e do país, as taxas de suícidio entre pessoas acima dos 65 anos é até 8x maior.
O que fazer para curar a depressão?
Essa é uma pergunta que exige um artigo inteiro somente para respondê-la, entretanto, gostaria de terminar o artigo de hoje com alguns avisos.
Apesar de grave, a depressão é uma doença que tem cura e o tratamento nem sempre exige a adoção de medicações. Já que ela é um problema multifatorial, então também há multisoluções.
Por exemplo, já se sabe que adotar uma vida ativa é benéfica e ajuda a combater (ou até curar) a depressão. A psicoterapia também é essencial em casos de depressão.
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Agradeço a leitura e até a próxima!