O que fazer ao se deparar com um diagnóstico positivo de doença de Alzheimer? Normalmente, o nosso primeiro pensamento é acreditar que acabou a vida das pessoas que amamos. Ou se for um diagnóstico próprio, a nossa vida. Mas as coisas não são assim.
Hoje eu quero explicar para você que um diagnóstico positivo de Alzheimer pode ser encarado de maneiras propositivas. De modo a estender o tempo de qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença.
Vamos conversar!
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Entendendo as fases do Alzheimer
Bem, de modo resumido, o Alzheimer é uma doença degenerativa das células cerebrais, portanto, é uma demência. A mais comum dos tipos de demências. Suas causas ainda são incertas e, até o momento, não há cura ou reversão das perdas celulares. Mas já existem bons remédios e tratamentos capazes de retardar o processo degenerativo.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) a doença se desenvolve em três fases:
- Fase inicial: caracterizada pelo choque do diagnóstico e a compreensão da doença;
- Fase moderada: quando o Alzheimer mostra seus sintomas mais característicos e é comum que o paciente precise de cuidados em tempo integral ou semi integral;
- Fase avançada: quando o paciente precisa de cuidados em tempo integral.
Há formas de tornar a vida do paciente melhor em cada uma dessas fases.Quero falar mais sobre elas.
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Fase inicial: contar ou não contar?
Na fase inicial é comum que a pessoa acometida pela doença de Alzheimer apresente os sintomas de confusão e perda de memória. Por exemplo, pode ser que ela conte histórias de coisas que não aconteceram, ou pergunte sobre pessoas que já faleceram como se ainda estivessem vivas.
Segundo a Abraz, nessa fase, cabem aos parentes e aos profissionais qualificados escolherem se devem, ou não, corrigir a pessoa com doença de Alzheimer.
Isso irá depender de caso a caso, conforme a progressão da doença e as reações do paciente. Aconselha-se cautela. Principalmente ao falar de pessoas que já faleceram.
Uma resposta que tem mostrado bons resultados é fazer a pessoa se lembrar dos acontecimentos, com calma e sem exageros. Frases como “lembra, quando nós fomos nos despedir dela? Estava um dia assim…”
Já para as histórias criadas, inventadas, é aconselhável que sejam feitas correções pontuais, como “acho que isso não aconteceu bem assim, não concorda?”
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Fase moderada: segurança física e emocional
Na fase moderada os sintomas estão mais intensos e é comum que o paciente precise de cuidados em período integral ou semi-integral.
Os pilares dessa fase, são:
- Garantir a segurança física
- Reforçar a segurança emocional
Para segurança física, é o momento de adaptar a casa, fechar bem portas e portões para evitar que o paciente fuja, entre outros cuidados.
Já a segurança emocional é cuidada com conversas, carinho, estímulos e cuidados. Mesmo que as conversas sejam confusas e desconexas, a presença de uma pessoa querida garante que o paciente tenha momentos de prazer e alegria.
Fase avançada: alternativas de comunicação e manifestação de afeto
Então o paciente chega na fase avançada. Neste momento, a família deverá entender o processo natural da vida e saber que tudo foi feito.
Não é uma fase simples e encarar a finitude certamente trará desafios para todos.
Entretanto, não se trata de um “enterro antecipado”. Na fase avançada são descobertas novas formas de se comunicar e de manifestar carinho. É comum que pacientes debilitados demonstrem carinho apenas apertando o dedo de uma pessoa querida.
O remédio para todas as fases: amor
Pode parecer clichê dizer isso, mas a nossa vida só faz sentido quando pautada por amor. Então, independentemente da fase, as demonstrações de amor, carinho, afeto e bem-querer devem ser constantes.
Brinque, cante, dance, ria, jogue, dê passeios, curta a vida com a pessoa que sofre da doença de Alzheimer. E não tenha medo de pedir ajuda, caso a barra fique muito pesada para segurar.
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Agradeço a leitura e até a próxima!