Alguma vez você sentiu que os idosos da sua família estavam com dificuldades para engolir? Isso pode ser efeito de uma disfagia.
Hoje eu quero conversar com você sobre as características dessa condição.
Vou explicar o que é a disfagia, como ela se manifesta, quais são as suas causas e por que ela ocorre, normalmente, em pessoas idosas.
Então, vamos conversar.
Veja também: Preciso de um cuidador de idosos com urgência: como agir neste caso?
Para entender a disfagia você tem que entender o processo digestivo
Podemos dizer que o processo digestivo consiste na fragmentação e preparação do alimento que levamos à boca até que este se torne pequeno o suficiente para que o nosso organismo seja capaz de absorver os nutrientes.
Todo esse processo ocorre dentro de um tubo digestivo de cerca de 9 metros e cada uma de suas partes possui uma função bem específica.
Falando mais precisamente no início desse processo todo, o esôfago é o órgão em formato de um tubo que conecta e conduz o bolo alimentar da nossa boca até o estômago. E é também o esôfago que tem papel importantíssimo na deglutição.
Daí vem a disfagia, que é nada mais nada menos que uma anomalia no esôfago.
Sintomas de Disfagia
Os sinais e sintomas mais comuns incluem:
- Dor ou incapacidade de engolir;
- Regurgitação;
- Tosse ou engasgo ao engolir;
- Azia frequente;
- Rouquidão.
Causas da disfagia
Geralmente, a disfagia é causada como consequência de alguma doença. Dentre as principais, podemos citar:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Câncer de cabeça e pescoço;
- Traumas cranianos;
- Doenças neuromusculares;
- Paralisia cerebral;
- Doença de Parkinson;
- Dentre outras.
Por que a disfagia causa dificuldade de deglutição?
Nem sempre é fácil identificar o que causa a dificuldade para engolir. Ela pode ocorrer por uma fraqueza dos músculos do esôfago, pela obstrução do canal digestivo ocasionada por tumores ou pequenas lesões esofágicas, pelo uso de medicamentos e até por doenças neurológicas.
Pacientes com esclerose múltipla, Parkinson ou que apresentam quadros de traumatismo craniano, por exemplo, têm chances de desenvolver a disfagia.
O diagnóstico passa pela observação clínica acompanhada de exames como a endoscopia digestiva, radiografia com contraste, estudo da pressão esofágica, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Saiba mais: O cuidador de idosos pode auxiliar nas atividades físicas do idoso?
Complicações comuns aos pacientes com disfagia
Considerando que o ato de deglutir envolve um processo muscular complexo, e que a sarcopenia caracteriza a perda de força e massa muscular, esta é tida como uma das causas da disfagia, especialmente entre idosos. Assim, a Sociedade Europeia para Distúrbios da Deglutição considera a disfagia como uma síndrome geriátrica. Ela acomete cerca de:
- 60% dos idosos institucionalizados;
- Até 64% dos pacientes idosos após AVC;
- mais de 80% daqueles com demência.
Existem dois tipos de disfagia:
- Disfagia Alta, ou Disfagia Orofaríngea: Este tipo de disfagia ocorre na garganta ou na boca e pode ser causada por fraqueza na língua decorrente de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou também pela dificuldade de o organismo produzir saliva, elemento fundamental para a perfeita deglutição.
- Disfagia Baixa, ou Disfagia Esofágica: ocorre no esôfago por conta de uma irritação ou bloqueio que impede o alimento de passar. Sua resolução, geralmente, é por meio de procedimento cirúrgico.
Agora você já tem todas as informações que precisa para procurar um médico, se necessário, e garantir o melhor atendimento possível aos idosos da sua família.
Gostou do conteúdo de hoje? Então, continue acompanhando o Blog.
Estou sempre trazendo dicas, notícias e novidades sobre saúde para pessoas 65+.
Agradeço a leitura e até a próxima!